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Eros Volúsia (Heros Volúsia Machado- 1914/ 2004) foi uma dançarina brasileira nascida no Rio de Janeiro, aluna de Maria Olenewa na Escola de Bailados do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, hoje Escola Estadual Maria Olenewa. Estreou no Teatro Municipal e pouco depois podia ser considerada a inventora da dança brasileira. As danças místicas dos terreiros, os rituais indígenas, o samba, o frevo, o maxixe, o maracatu e o caboclinho de Pernambuco foram algumas das fontes de pesquisa artística da bailarina. Em uma de suas inúmeras entrevistas dadas à Revista O Cruzeiro, Eros Volúsia sintetizou sua missão artística: "Dei ao Brasil o que o Brasil não tinha, a sua dança clássica!"

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POEMA DE SAMIR...


Quero apresentar aos leitores e visitantes o Poema de Samir Hassan.
Quem é Samir Hassan? ...bem é uma mistura danada e por tanto muito difícil definir este “amigão” da Companhia Rubens Barbot, mesmo ele não estando no país quando nasceu a idéia, nem quando nasceu a Companhia, nem quando fez a primeira estréia e nunca viu um espetáculo do seu repertório total.
Esse “louco” é professor de matemática e como tal professor de filosofia, é uma mistura de Vila Isabel, Londres, ocupações, jardineiro, marceneiro da mais fina estirpe, artesão, cheff (sempre diz que ia escrever um livro de receitas contando histórias sobre cada ocasião que originou cada criação culinária), aventureiro, dono de restaurantes, escritor de roteiros de cinema, diretor de festivais, ativista social, conhece muito de vinhos, atravessou os Estados Unidos de leste ao oeste de carro com toda a família, nesse ambiente educou e criou seus  filhos, antiracista convicto, lutador por direitos humanos, sempre marginal, idealista, movido pela paixão e dentre várias outras, produtor, de eventos de shows... foi  justamente seu lado produtor que nos juntou. Num final de tarde de uma sexta-feira do mês de Julho de 1989, após a primeira exibição do vídeo com uma gravação integral do espetáculo ‘Só, Um Homem Só’, criação de 1997 de Rubens Barbot e com minha direção, programado pela jornalista Sandra Almada, na sede do Instituo de Pesquisa de Culturas negras – I.P.C.N, ali, entre aplausos e pessoas surpreendidas e assombradas  pela diferença e ousadia veio ao nosso encontro e perguntou: “Vocês tem produtor aqui no Rio?” Ao responder:  Não, estamos chegando, é o primeiro contato com a cidade ... – ele me interrompeu e dizendo: “Ok! Quero ser o produtor de vocês, meu nome é Samir Hassan”.
Estava feito ali o contato que nunca desligou. No mês de Setembro do mesmo ano fazíamos as duas primeiras apresentações de Rubens Barbot, no Teatro João Caetano, em território carioca. Um ano e três meses depois nascia a Companhia, mas Samir estava em Londres, tinha acabado de voltar para buscar a família pois ele  tinha partido sozinho em Dezembro me dizendo por telefone:
“Gatto, vou embora. Esse filho da puta não vai mandar em mim nem na minha família!”
(Fernando Collor assumiria o poder 10 dias depois).